
- 05/06/2025
Quais são as funções do comitê de ética no contexto de uma denúncia?
- Tempo de Leitura: 04 Minutos
- 05/06/2025
Quando surgem conflitos, denúncias ou dilemas no ambiente de trabalho, a dúvida mais comum é: quem toma conta desses assuntos dentro da empresa? A resposta está no comitê de ética.
O grupo é responsável por avaliar condutas, orientar decisões e agir com imparcialidade diante de situações delicadas. Ao conhecer melhor o comitê de ética, fica mais fácil confiar no processo e entender o que acontece depois do envio de uma denúncia.
Acompanhe a leitura para saber como esse grupo atua e qual a sua importância no dia a dia das empresas.
O que é um comitê de ética?
O comitê de ética é um grupo formado por representantes da empresa que atuam de forma imparcial para analisar condutas, orientar decisões e avaliar denúncias recebidas por canais formais, como o Canal de Denúncia.
Pode ser composto por profissionais com diferentes formações e áreas de atuação para uma análise mais completa e justa das situações relatadas.

Quais são as principais funções de um comitê de ética em uma empresa?
O comitê de ética é uma peça-chave para manter a integridade e o respeito nas relações de trabalho. Em parceria com um Canal de Denúncia bem estruturado, o comitê ajuda a reforçar os valores da empresa com foco na escuta ativa, no cuidado com as pessoas e no compromisso com um ambiente seguro.
Veja algumas das principais funções do comitê de ética em uma organização:
- Avaliar denúncias recebidas por meio do Canal de Denúncia, respeitando o sigilo e os direitos de todos os envolvidos;
- Investigar situações que envolvam condutas antiéticas, conflitos de interesse ou violação de políticas internas;
- Propor ações corretivas ou preventivas com base nas situações analisadas;
- Recomendar melhorias nas normas e códigos de conduta da organização;
- Apoiar campanhas de conscientização sobre ética e respeito no ambiente corporativo;
- Atuar com imparcialidade na mediação de conflitos sensíveis entre colaboradores;
- Promover uma cultura de integridade e responsabilidade coletiva.
Como age um comitê de ética frente às denúncias no ambiente de trabalho?
A atuação do comitê de ética diante de uma denúncia segue um fluxo estruturado para garantir agilidade, transparência e cuidado com todas as pessoas envolvidas.
Desse modo, o Canal de Denúncia é capaz de funcionar como um recurso confiável, acolhendo relatos com responsabilidade e promovendo um ambiente de trabalho mais respeitoso. Confira:
Passo 1: Recebimento da denúncia
Tudo começa com o recebimento da denúncia por meio do canal oficial da empresa. O Canal de Denúncia pode ser operado por uma plataforma interna ou terceirizada — como o Canal de Contato Seguro, que oferece garantia de sigilo e proteção à identidade do denunciante.
Passo 2: Análise preliminar
O comitê de ética realiza uma triagem inicial para verificar se o relato tem relação com sua área de atuação e se há informações suficientes para seguir com a apuração.
Essa etapa é importante para evitar julgamentos precipitados e preservar a integridade do processo.
Passo 3: Encaminhamento para investigação
Caso a denúncia seja considerada válida, ela é direcionada para o setor responsável pela apuração — que pode ser o time de compliance, jurídico, Gente e Gestão ou uma empresa especializada.
Passo 4: Acompanhamento da apuração
Durante a investigação, o comitê acompanha de perto os desdobramentos do caso, sempre com foco na imparcialidade, no cuidado com as pessoas e na confidencialidade das informações.
Passo 5: Análise dos resultados
Ao final da apuração, o comitê de ética analisa o relatório e avalia se há comprovação das informações denunciadas. Com base nas evidências, são definidas as próximas etapas e as possíveis medidas a serem adotadas.
Passo 6: Deliberação e recomendação de ações
O comitê apresenta suas recomendações à liderança da empresa ou às áreas responsáveis. As ações podem conter medidas disciplinares, reforço de políticas internas, treinamentos ou mudanças nos processos.
Passo 7: Retorno ao denunciante
Se a denúncia tiver sido feita de forma identificada, o comitê pode informar o denunciante sobre o encerramento da apuração. Tudo isso sem expor detalhes confidenciais, respeitando o sigilo e a boa-fé de quem participou do processo.
É obrigatória a criação de um comitê de ética?
A criação de um comitê de ética não é uma exigência legal para as empresas, mas é cada vez mais reconhecida como uma boa prática de gestão.
Organizações que buscam fortalecer a cultura de integridade e ambientes de trabalho seguros, alinhados com as Normas Regulamentadoras (NRs), costumam adotar essa estrutura de forma voluntária.
Para empresas que atuam em setores regulados ou que desejam obter certificações como a ISO 37001, voltada à gestão de compliance anticorrupção, contar com um comitê de ética é altamente recomendável.
Além disso, a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) reconhece a existência de mecanismos internos de integridade — como comitês de ética — como fatores atenuantes na hora de aplicar sanções.

Conclusão
Criar e manter um comitê de ética é uma escolha que reflete o papel da empresa na construção de relações de trabalho mais saudáveis dentro e fora da organização.
Embora não seja obrigatório por lei, esse tipo de estrutura fortalece o Canal de Denúncia, dá mais segurança ao processo de apuração de relatos e contribui para um ambiente organizacional mais transparente.
Adotar essa prática é uma forma de agregar valor ao negócio, promover boas relações e mitigar riscos antes que causem danos maiores à cultura da empresa.
Gostou do artigo? Continue acompanhando os conteúdos do blog da Contato Seguro para aprender mais sobre como criar ambientes de trabalho éticos, seguros e acolhedores com o apoio do Canal de Denúncia!